Entre a expectativa de inaugurar a Arena e dizer adeus ao atual estádio no fim do ano, o Grêmio lançou na noite desta segunda-feira os novos uniformes para a temporada. Com um pé no passado e outro no futuro, apresentou fardamentos homenageando o Olímpico e uma festa temática dos anos 1950 - década da abertura do lar tricolor. Ao mesmo tempo, contou com as mais instantâneas celebridades da semana para conduzir o desfile, os participantes do Big Brother Brasil 12, Jonas e Monique.
Um espaço foi criado na pista atlética do Olímpico em frente às sociais especificamente para o evento, em que foram recebidos conselheiros, torcedores ilustres, ex-jogadores e celebridades gaúchas com forte relação com o clube. Nas arquibancadas, cerca de 3 mil torcedores aguardaram ansiosamente para ver de perto os novos modelos com que os ídolos entrarão em campo a partir de agora. A trilha sonora também era retrô, com destaque para Madonna - e não por acaso. Afinal, a cantora norte-americana fará show no estádio tricolor no dia 8 de novembro, numa das principais festividades de despedida da atual casa do clube.
Miralles foi o primeiro jogador a subir ao palco, com o abrigo novo da coleção. Ao sair da passarela, teve o nome gritado pela torcida. Mário Fernandes também foi um destaques. Desfilou com a camisa de passeio e depois com o segundo uniforme. Ao ser questionado pelo mestre de cerimônias, o comunicador José Antônio Pinheiro Machado, de quando voltaria o gramado, respondeu prontamente, mas baixinho, quase entre sussurros:
- Volto em um mês - falou, gerando nova ovação entre o público presente.
Mário também foi designado para presentar as postulantes a musas do Grêmio com buquê de flores. Três delas concorriam ao posto. Marilisy Antonelli foi a escolhida. O auxiliar Roger Machado mostrou o uniforme da comissão técnica. O atacante Danrley, o lateral Tinga e o goleiro Jota representaram as categorias de base no evento.
Atrações mais esperadas, os ex-BBBs subiram ao palco no final da cerimônia, logo após o show do músico gremista Humberto Gessinger. Enrolada numa bandeira do Grêmio, Monique desfilou com a blusa de passeio feminina. Apesar do assédio sobre a gremista, foi com o ingresso do ex-mister universo que a plateia feminina foi abaixo. Parecia gol do Grêmio, tamanha e empolgação vinda das arquibancadas. Não à toa ficou sob a responsabilidade de Jonas vestir a camiseta oficial número 1, a tricolor.
Estiveram presentes, mas sem desfilar, os ex-zagueiros Ancheta e Baidek. Dos atuais atletas do Grêmio, apareceram Gilberto Silva, que se recupera de fratura no nariz, e Biteco, meia-atacante que voltou a atuar entre os juniores. Ainda foram exibidas camisetas tricolores personalizadas de Kleber e Marcelo Moreno, encerrando o desfile, que durou cerca de duas horas.
A noite de festa, no entanto, teve espaço para momentos pouco animadores. Antes do desfile, ao ter seu nome chamado pelo mestre de cerimônias, o presidente do Grêmio, Paulo Odone, foi alvo de uma onda de vaias vinda das arquibancadas. O mesmo aconteceu com o prefeito de Porto Alegre, e conselheiro do clube, José Fortunati.
A resposta de Odone chegou por meio de lembranças da história do Grêmio, a qual ele classificou como sendo de "superação", em que, muitas vezes, o time começou uma conquista desacreditado. Ao lembrar do título mundial de 1983, foi aplaudido. Mas, quando recordou a Batalha dos Aflitos de 2005, acabou amplamente acossado. Ao fim do seu discurso, deixou o palco sob os gritos de "Koff, Koff", lembrança da torcida ao ex-presidente Fábio Koff.
- Com quem toma posição, sempre vai ter um pouco disso (vaias) - defendeu-se, com microfone em punho sobre a passarela em que ocorreria o desfile.
Saiba detalhes dos novos modelos
A camisa tricolor foi inspirada na equipe que atuou na inauguração do Olímpico, em 1954. Na ocasião, o Tricolor venceu o Nacional do Uruguai por 2 a 0. As grandes novidades da camisa estão na manga toda azul e na gola polo pequena e sem botão. O número e a largura das listras seguem o padrão do modelo de 1954. A camisa leva ainda etiquetas internas e externas, em alusão ao atual estádio do clube. Na parte detrás da gola, há um detalhe especial, com a inscrição do nome "Olímpico".
Já a camisa número dois faz uma homenagem ao time de 1962 que conquistou o Campeonato Sul-Brasileiro invicto e o Super-Campeonato Gaúcho da época. O destaque do modelo está nas listras horizontais e na gola polo em “V”. Ambas as camisas trazem bordado o símbolo do clube.
De acordo com o diretor de Marketing do Grêmio, Paulo César Verardi, a Topper respeitou as características do clube e seguiu tendências de moda e tecnologia, aliando o estilo retrô com modernidade.
- Essa é a principal característica da coleção. Fizemos uma mescla de história e modernidade para que a nova camisa tenha um significado profundo para o torcedor gremista. Mas esta é somente a primeira etapa da campanha. Ainda temos outros produtos para lançar durante o ano - revela Verardi.
O diretor se refere ao planejamento de marketing previsto para maio, quando o Grêmio irá lançar outra camisa oficial e diversos produtos caracterizados com a marca. Em setembro, também está programado o lançamento de outras duas camisas tricolores.
Além dos uniformes de jogo (camisa, calção e meia), foi apresentada toda a linha de vestuário, como camisas de treino e de viagem, agasalhos e demais peças. A tricolor será vendida por R$ 199,90 e a retrô custará R$ 149,90. Os produtos serão vendidos em
kits ou separadamente, de acordo com a preferência de cada pessoa.