O ápice da curta trajetória de Kleber no Grêmio até a lesão que o afastará dos gramados por cinco meses foi o Gre-Nal pelas quartas-de-final da Taça Piratini. Ele foi o melhor jogador em campo e decidiu o clássico com um gol no segundo tempo. Porém, o atacante decisivo teve de sair de cena aos 11 minutos do segundo tempo da partida contra o Cruzeiro, neste domingo. O Gladiador recebeu falta dura de Léo Carioca, que resultou em uma fratura no tornozelo.
Além dos gols, a característica brigadora dentro de campo também conquistou a torcida. Muito guerreiro, ele logo caiu nas graças da massa e dos dirigentes gremistas, que rasgaram elogios para o atacante.
- O Grêmio só sabe jogar brigando e o Kleber tem muito disso. Era o que estávamos procurando. Ele ainda vai fazer história pelo Grêmio – disse o presidente Paulo Odone.
O maior temor de todos no Olímpico era o comportamento explosivo do Gladiador. Depois de passar por problemas no Cruzeiro e no Palmeiras, o atacante procurava no Grêmio apagar a fama de encrenqueiro. E vinha conseguindo. Não se envolveu em nenhuma confusão dentro de campo e estancou os cartões. O fato foi motivo de comemoração.
- Estou feliz porque sei que tinha certa desconfiança. Não pelo meu futebol, mas mais pelo meu comportamento. Tive muitos problemas na vida. Não dava mais para ser o Kleber de antes. Eu tinha que mudar e, graças a Deus, mudei – disse Kleber.
E a identificação do atacante com o clube gaúcho transcendeu os gramados. A prova disso é que os produtor atrelados ao nome do Gladiador eram os mais vendidos. De todas as camisas compradas por torcedores gremistas em março na loja localizada no Olímpico, quase 60% tinham o número 30 e o nome de Kleber às costas.
A esperança da torcida é que com a mesma garra que demonstra em campo, Kleber encontre força para se recuperar e brilhar no Brasileirão, que começa antes do Gladiador retornar aos gramados.
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