O destino do meia Paulo Henrique Ganso deve ser o Grêmio. Quem assegura é
uma pessoa próxima a Delcir Sonda, presidente do Grupo DIS, que detém
55% dos direitos do santista.
O clube gaúcho já fez a proposta pedida pelo Santos, que seria de R$ 53
milhões (R$ 23,8 apenas para o clube paulista), e a diretoria alvinegra
já aceitou informalmente a quantia. O Grupo DIS tem boas relações com o
clube gaúcho, mantendo inclusive atletas nas categorias de base
tricolores.
Delcir Sonda, torcedor do Internacional, não tem mais como evitar a
negociação. Segundo o informante, o empresário "está em um beco sem
saída", mesmo tendo a maior parte dos direitos do meia do Santos.
O diretor executivo do Grêmio, Paulo Pelaipe, desconversou sobre o
provável acerto e disse que "não tem nada" oficial. No entanto, o
próprio Pelaipe lembrou que "o futebol é dinâmico" e que Paulo Henrique
Ganso ainda não fez sete jogos pelo Santos no Campeonato Brasileiro.
Além disso, o Grêmio contaria com o investimento da construtora OAS,
parceira na construção da Arena Grêmio. O investimento seria parte da
campanha eleitoral de Paulo Odone, que busca a reeleição na presidência
do clube e que concorre com Fábio Koff.
De camisa 10 ideal a meia contestado
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em
2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que
chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e
desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores
não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas
por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em
falta nos últimos anos.
A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo
ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque
grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão
no ligamento cruzado de seu joelho.
A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a
sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o
nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.
A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a
conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus
melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como
grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também
na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a
opção para o meio-campo.
No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de
Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a
qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.
Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível
saída do Santos. E o destino mais provável para Ganso se tornou o São
Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para
Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain, e fez duas propostas (ambas
recusadas pelo rival). O meia tem contrato com a equipe praiana até
fevereiro de 2015.
Fonte: Terra Esportes
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