segunda-feira, 7 de maio de 2012

Nova novela?

Rondinelly deixou claro o seu interesse de sair do Vila Nova e vestir a camisa do Grêmio, mas só a vontade do jogador não deve levá-lo ao Tricolor gaúcho. O afastamento de Eduardo Barbosa da presidência do Tigre goiano pode transformar a negociação do meia em uma novela. Quando o ex-dirigente estava no comando do Colorado, a venda do jovem estava praticamente selada. Mas a nova diretoria não aceitou as condições impostas pelo Imortal. E tudo pode parar até mesmo na Justiça.
Isso porque o empresário do jogador, Márcio Mello – parceiro de Reinaldo Pitta e quem negocia diretamente com o Vila Nova – deu até quarta-feira para que o time alvirrubro aceite ou não a proposta do Grêmio. Entretanto, caso a resposta seja negativa, Mello promete ir à Justiça para tentar a liberação de Rondinelly. A alegação é de que o ex-presidente Eduardo Barbosa assinou um documento permitindo a liberação do meia, que tem contrato com o Vila Nova até 2015, por qualquer proposta salarial maior à que o jogador receba no Tigre.

- A gente deu um prazo para resolverem isso, e se porventura não resolverem vamos fazer por esse meio – jurídico. Temos um documento que diz que depois do Goiano, se aparecesse uma proposta salarial superior ao que ele – Rondinelly – ganha no Vila e com um sexto da multa rescisória dele, que é de R$ 500 mil, ou o Vila deposita esse valor na conta do Rondinelly, ou libera o jogador. Esse é um documento que ele fez quando renovou o contrato – no início de fevereiro – revelou.
Tal documento foi avalizado pelo ex-presidente do Vila Nova, Eduardo Barbosa, que está afastado do clube desde o último dia 2 por irregularidades, como desvio de recursos do clube. Segundo Márcio Mello, o documento feito por Barbosa tem validade, mesmo com a mudança da diretoria. Mas não é o que pensa o presidente em exercício do Colorado, Marcos Martinez.
- O empresário dele – Márcio Mello – está dizendo que vai à Justiça, pois digo que podem ir. O Rondinelly tem contrato com o Vila Nova até 2015, e se não acertamos a negociação, ele tem que cumprir o contrato. Eles não estão querendo aceitar a nossa proposta e querem que nós aceitemos. O empresário nos deu o prazo final, mas isso é ridículo. O dono dos direitos do jogador ainda é o Vila Nova. Nós que temos que dar imposições – respondeu Martinez.

Impasse está no modo do pagamento
A negociação ainda não foi concluída devido a um desentendimento no modo como o Grêmio quer pagar o Vila Nova. O Colorado tem 75% dos direitos do jogador, e o restante é do próprio atleta. A atual proposta do Tricolor prevê o pagamento de R$ 500 mil por 50% dos direitos do jogador agora, com opção de compra dos outros 25% de posse do Tigre no final do ano. Segundo Márcio Mello, o valor total a ser pago pelo Grêmio chegaria a R$ 1,2 milhão. O Vila Nova quer a compra definitiva de imediato.
- O que tem travado o negócio não é o valor. É a forma de pagamento. Esperamos resolver tudo isso o mais rápido possível – comentou Marcos Martinez.

O representante do jovem meia esteve em Goiânia na última semana e se reuniu duas vezes com o atual presidente colorado, Paulo Diniz, ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube, mas que continua influente na diretoria, e Misael Oliveira, deputado estadual e conselheiro do Vila. De volta ao Rio de Janeiro, onde tem seu escritório, Márcio Mello diz que não entende os motivos para o impasse, e critica a postura da cúpula alvirrubra.
- Eu vou ser bem claro, minha intenção era que essa situação fosse resolvida da melhor maneira possível. Infelizmente eles estão pensando que o Rondinelly é a salvação do Vila Nova, que vai resolver todos os problemas do clube, mas não vai. Não tenho nada contra ninguém na diretoria do Vila, mas fui bem claro. Nenhum clube vai vir e pagar de uma vez R$ 1 milhão pelo Rondinelly. Nós acreditamos nele, mas para o restante do Brasil ele ainda é uma aposta. O Luxemburgo quer ele, e o Grêmio está pagando por isso – defendeu-se o empresário.
Rondinelly não esteve presente na reapresentação dos jogadores na manhã desta segunda-feira no Vila Nova. Ele alegou problemas particulares, mas era aguardado para treinar junto com o restante da equipe pela tarde.


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